Dr. Clóvis é natural de Curitiba, onde morou até 2020. Desde pequeno sempre sonhou em ser médico. Formado em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná em 2016. Durante sua graduação se dedicou a trabalhos voluntários nos hospitais da capital paranaense e até mesmo no sertão do Brasil pelo projeto Rondon. Fez inúmeros estágios extracurriculares, teve artigo científico publicado em revistas nacionais e internacionais, bem como organizou e coordenou vários eventos científicos. Após formado, serviu como 2º tenente médico do exército brasileiro no 20º Batalhão de Infantaria Blindado e Hospital Geral de Curitiba. Período em que também atuou em serviços de emergência e UTI móvel, além da medicina do trabalho.
Em 2018 iniciou residência médica em ortopedia e traumatologia no Hospital Universitário Cajuru da PUCPR, um dos principais centros do país em ortopedia e trauma. Após 3 anos de residência médica em ortopedia, foi aprovado na prova de título da Sociedade Brasileira de Ortopedia. No mesmo ano, deu início à sua segunda residência médica em Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva pela Faculdade de Medicina do ABC-SP. Durante esse período em São Paulo participou de diversos congressos nacionais, workshops e cursos, com destaque para o Curso de Microcirurgia da Faculdade de Medicina da USP, Curso de Ultrassonografia da Faculdade de Medicina da USP e o Curso internacional ABCourse de Artroscopia do punho, cotovelo e inovações na cirurgia da mão. Foi então aprovado na prova de título da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão.
Após esse período se aperfeiçoando em São Paulo, decidiu se mudar para o interior do Paraná, escolhendo Irati como sua cidade, onde reside com sua esposa, Carolina, e montou seu consultório, junto ao Dr. Sandro Sloboda, a quem tem muito apreço e gratidão pela parceria e pelo acolhimento.
Atualmente, faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de Irati, onde realiza atendimentos e cirurgias pelo SUS, convênios e particulares. É também preceptor da residência médica de ortopedia e traumatologia do Hospital Regional da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa). Faz parte do corpo clínico do Hospital Novo Santa Tereza de Guarapuava-PR, onde realiza atendimentos e cirurgias particulares, convênios e pelo SUS. Além disso, é médico perito da Justiça estadual e federal.
Se dedica hoje no campo da ortopedia e traumatologia com ênfase em Cirurgia da mão, membros superiores, artroscopia de punho, lesões neurológicas e ultrassonografia musculoesquelética.
Está sempre se atualizando e buscando aperfeiçoamentos, com cursos nacionais e internacionais. Um exemplo, é novo curso programado para novembro/23 de ultrassonografia musculoesquelético do Dr. Tulio Ravelli, referência nacional na área.
CLÓVIS BRAZ
ORTOPEDISTA | TRAUMATOLOGISTA | CIRURGIÃO DA MÃO | MICROCIRURGIA
Rua Manoel Alves Amaral, 26, Centro – Irati/PR
WhatsApp: (42) 99999-1011
FB: Dr Clóvis Braz
IG: @drclovisbraz
G: Dr. Clóvis Braz – Ortopedia e Cirurgia da Mão
Quais as principais doenças das mãos?
PARONÍQUIA CRÔNICA
É uma Infecção crônica ao redor da unha causada pelo fungo Candida albicans, na maioria dos casos. O perioníquio e eponíquio (pele ao redor da unha) ficam avermelhados, edemaciados, dolorosos e com saída de secreção purulenta ou esbranquiçada de odor fétido. Nos casos mais avançados pode haver deformidade ou perda das unhas.
A cutícula se torna cronicamente arredondada e distanciada da unha, permitindo passagem livre de umidade e água para dentro da pele, ou seja, se perde a barreira de proteção que existia entre a pele e unha. Outras bactérias podem aproveitar a situação e causar infecção simultânea agravando o quadro.
Ocorre mais em mulheres de meia idade devido principalmente à exposição frequente das unhas à umidade, trauma mecânico por manicures, doenças ocupacionais e, em crianças, a sucção do polegar pode ser a causa. Podem simular a paroníquia doenças como sífilis, fungos, tuberculose, leishmaniose, herpes e câncer de pele.
DIAGNÓSTICO: A paroníquia crônica é um diagnóstico exclusivamente clínico, não sendo necessário exames complementares.
TRATAMENTO: Manter a área o mais seca possível e aplicação de antifúngicos locais e orais. Pode ser necessário antibióticos orais associados. Quando o tratamento medicamentoso não é eficaz, a cirurgia é indicada. Nessa cirurgia pode ser retirada parte da pele fibrosada e unha. Geralmente, a recuperação inicia a partir de duas semanas e cuidados com a ferida, curativos diários e manter a pele seca são fundamentais para evitar recorrência.
DOENÇA DE DUPUYTREN
É uma doença crônica que causa fibrose progressiva da palma das mãos e contraturas em flexão dos dedos, ou seja, os dedos vão dobrando e deformando cada vez mais. Formam-se nódulos e cordões endurecidos e palpáveis na palma das mãos e dedos.
Hoje, se conhecem dois grupos de causas para a doença. Primeiramente, a predisposição genética e hereditária, e a segunda, fatores ambientais. Dentre esses fatores ambientais externos estão o etilismo, tabagismo, trabalho braçal, diabetes e traumas locais. A genética é o fator mais forte. Por exemplo, um irmão afetado aumenta 3x mais risco de desenvolvimento.
A doença grave na forma de contratura com os dedos bem dobrados e deformados é a forma menos comum da doença. Na maioria das vezes são apenas casos leves nas palmas das mãos. A doença é mais prevalente em homens brancos idosos com história familiar. O quarto e quinto dedos das mãos são os mais acometidos e em 50% tem doença bilateral. Além da acometer a palma das mãos, a doença pode acontecer na planta dos pés e no pênis.
O diagnóstico não necessita de exames complementares.Seu tratamento depende de um conjunto de fatores. É necessário entendimento e experiência para determinar o grau da doença e o estágio em que está. Podem ser necessários em casos avançados algum procedimento como liberações percutâneas dos cordões fibrosos ou cirurgias. Por ser uma doença crônica e genética não há cura e podem ocorrer recorrências.
FRATURA DO BOXER
Algumas fraturas levam nomes específicos, seja por quem a estudou, descreveu, ou mesmo por uma característica peculiar. A fratura do boxer ou boxeador é classicamente a fratura do colo do quinto metacarpo, um dos ossos da mão. E acontece geralmente ao dar um soco em superfícies rígidas, como parede.
Seu diagnóstico é através do exame clínico e radiografias da mão. É importante avaliar o encurtamento do osso, os desvios angulares e rotacionais para definir qual melhor tratamento. Se optado por tratamento conservador pode ser necessário manobras de redução e colocação de gesso, talas gessadas ou órteses. Em casos cirúrgicos são várias as opções de estabilização. Atualmente, minimamente invasiva e com mobilidade precoce, a técnica através de parafuso intramedular é uma ótima opção.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
Uma queixa muito comum no consultório é o “Formigamento nas Mãos” e uma das principais causas desse formigamento é a Síndrome do Túnel do Carpo. Esse problema atinge até 5% da população, com maior incidência em pessoas entre 40 e 60 anos de idade, chegando a ser três vezes mais comum em mulheres quando comparado aos homens. Portanto, é a neuropatia periférica, ou seja, doença que acomete os nervos, mais comum do corpo.
Sintomas incluem dor no punho, formigamento e ausência de sensibilidade nos dedos da mão que pioram à noite. Em casos mais avançados pode ocorrer fraqueza especialmente do polegar, o que leva a derrubar objetos com frequência, e por fim, atrofia nas mãos.
Por haver uma crescente associação com o diabetes, obesidade, hipotireoidismo, uso excessivo de álcool, tabagismo e o próprio processo de envelhecimento, projeta-se o crescimento dessa doença nas próximas décadas. Até mesmo a gestação pode ser acompanhada da Síndrome do Túnel do Carpo, porém, neste caso costuma ser temporária, melhorando completamente os sintomas após o parto.
MAS O QUE ACONTECE NESSA DOENÇA? O nervo mediano é uma estrutura importante do corpo e responsável por muitos movimentos do polegar e sensibilidade das mãos e dedos. Por ele transitar dentro de um espaço apertado e inelástico no punho conhecido com Túnel do Carpo, pode ocorrer um aumento da pressão sobre o nervo. Quando esse aumento de pressão é excessivo e contínuo, o nervo adoece, em um processo conhecido como desmielinização e degeneração axonal, ou seja, perde a sua capa protetora e condutora de estímulos elétricos.
DIAGNÓSTICO: o diagnóstico é através do exame físico e da história do paciente. Exames complementares como ultrassonografia e eletroneuromiografia são importantes para avaliar o grau da doença.
TRATAMENTO: Cada caso é individualizado de acordo com estágio e gravidade. Nos casos mais leves se inicia com tala de uso noturno. Podem ser realizadas infiltrações em casos selecionados e a fisioterapia é fundamental, podendo evitar a cirurgia. Já em casos mais avançados, o tratamento definitivo é cirúrgico, com a liberação do espaço em que o nervo está aprisionado. Essa cirurgia é realizada com Lupa de aumento pela técnica convencional aberta e pequena cicatriz ou por vídeo (endoscópica).
RESULTADOS ESPERADOS NO PÓS-OPERATÓRIO: Melhora de sensibilidade e formigamentos nos primeiros dias. Em torno de dois meses pode retornar as suas atividades normalmente.
FRATURA DO RÁDIO DISTAL
A fratura do rádio distal é a fratura mais comum do punho e pode acontecer com qualquer um de nós após uma queda sobre o membro superior. Nada mais é do que a fratura do osso rádio em seu terço final que articula com os ossos da mão na articulação do punho. Geralmente acontece após queda com a mão espalmada e hiperextensão do punho. Em idosos é ainda mais frequente devido à fragilidade óssea. Por isso a importância do tratamento da osteopenia e osteoporose.
O diagnóstico é através do exame físico e radiografias de punho e em alguns casos tomografia computadorizada para um estudo mais detalhado da articulação. Importante avaliar fraturas ou lesões ligamentares que podem acontecer ao redor do punho simultaneamente.
Para definir o tratamento, são levados em consideração o perfil do paciente e critérios de instabilidade como qualidade óssea, acometimento articular, multifragmentação e desvios. Nos casos estáveis e sem desvio pode ser realizado tratamento conservador com uso de gesso, talas ou órteses, geralmente por seis semanas.
Já em casos cirúrgicos, várias opções podem ser utilizadas conforme necessidade ou disponibilidade. Algumas opções são os fios de kirschner (pinos), fixadores externos, placas e parafusos. A opção padrão ouro na grande maioria das vezes é a utilização das placas bloqueadas volares, uma tecnologia que permite boa estabilidade e mobilidade precoce.
CISTO SINOVIAL
É muito frequente no consultório pacientes com queixas de aparecimento de nódulos ou “caroços” no punho e nas mãos. São várias as causas dessas nodulações, sendo muito importante uma avaliação com ortopedista, de preferência um especialista das mãos para o correto diagnóstico. A causa mais comum dessas tumorações são os famosos cistos sinoviais. Esses cistos são formados por um extravasamento do líquido de dentro das articulações (líquido sinovial) para uma região mais superficial causando nodulações evidentes e sintomas de dor ou desconforto. Portanto, o “caroço” é uma espécie de “bolsão” contendo líquido articular.
Predomina nas mulheres (70%) e dos 20 aos 40 anos. A localização mais comum desses cistos é na região de trás (dorso) do punho, mas podem aparecer em outros locais da mão e dedos. Em cerca de 20% das vezes se originam por um trauma, porém na maioria das vezes acontecem espontaneamente e não se descobre o motivo.
SINTOMAS: São assintomáticos na maioria, mas podem ser dolorosos. Costumam variar de tamanho conforme o dia e quantidade de esforço realizado. Nesses casos, todas as vezes em que o paciente exige mais da mão e do punho o “caroço” aumenta e é mais doloroso, da mesma forma em que nos dias ou períodos de repouso pode ficar imperceptível.
DIAGNÓSTICO: Através do exame físico e da história do paciente. Exames como ultrassom e ressonância magnética são importantes para correta identificação e avaliar problemas que podem coexistir como lesões ligamentares.
TRATAMENTO:O tratamento varia de acordo com o tamanho e localização do cisto. Geralmente se inicia por um procedimento simples e rápido que pode ser realizado no consultório médico, a punção ou esvaziamento por agulha seguido por infiltração de corticóide, o que resolve na maioria das vezes de forma definitiva o problema. Em casos de persistência do cisto, em cistos muito dolorosos ou quando são multi-lobulados (várias subdivisões internas lembrando um favo de mel) é indicado a cirúrgica.
CIRURGIA? Sim, um procedimento rápido e seguro geralmente com alta no mesmo dia. Pode ser pela técnica aberta (tradicional) em que se faz uma pequena incisão sobre o cisto ou por vídeo (artroscópica).
RECUPERAÇÃO: O resultado costuma ser excelente, com baixas taxas de recidiva e de complicações. O paciente deve permanecer com o punho imobilizado por uma semana. Esforços mais intensos e dirigir são evitados por 20 dias. O retorno aos esportes é encorajado a partir de um mês.
FRATURA DO ESCAFÓIDE
Escafóide é o nome de um dos ossos da mão (carpo) com formato de “feijão” e que possui uma particularidade de ser quase totalmente revestido por cartilagem, e por isso, pouco vascularizado, ou seja, pouco sangue entra no osso, e em casos de adoecimento ou fraturas sua recuperação se torna mais difícil. Em contrapartida é a fratura mais comum dos ossos do carpo. E acontece geralmente após quedas com a mão espalmada e hiperextensão do punho.
O diagnóstico deve ser suspeitado no exame físico do paciente, por isso a importância de avaliação por um ortopedista de preferência especialista em Mão.
A fratura, mesmo na radiografia inicial, pode não ser visualizada. Daí, a importância de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. As fraturas devem ser classificadas e compreendidas para tratamento. Por isso, utilizamos critérios objetivos de instabilidade. Em alguns casos cabe tratamento conservador com uso de órteses, talas ou gessos podendo chegar até 10 semanas.
Já em outros casos, há a necessidade de cirurgia para correção de deformidades e garantia de consolidação da fratura. Técnicas percutâneas minimamente invasivas são a preferência, quando possíveis. A artroscopia (cirurgia por vídeo) é uma ótima opção.
PSEUDOARTROSE DO ESCAFOIDE
O osso escafóide por apresentar naturalmente dificuldades de cicatrização e consolidação devido vascularização pobre, ao mesmo tempo em que é o osso do carpo (mão) que mais é fraturado, pode cursar com um problema denominado pseudoartrose.
Mas o que é pseudoartrose? É o termo utilizado para a não consolidação de um osso após o período que normalmente já deveria ter acontecido. Fazemos o diagnóstico através do exame clínico, dores frequentes e radiografias sem progressão da consolidação óssea.
No escafóide essa pseudoartrose se não tratada cursará com sequelas irreversíveis na mão e punho, uma artrose avançada e precoce. Essa artrose resultará em dores crônicas e perda de mobilidade do punho. É necessário classificar o grau da pseudoartrose do escafoide para definir tratamento. Mas sim, é cirúrgico na totalidade das vezes. Várias técnicas podem ser utilizadas ou necessárias a depender do estágio.
Possibilidades de fixação, enxertos ósseos, enxertos vascularizados e em casos avançados de artrose, técnicas de salvamento como ressecção óssea ou artrodeses (cirurgias de travamento do punho).
“DEDO EM MARTELO”
Essa lesão leva esse nome porque a ponta do dedo fica caída e parece um “martelo”. Pode acontecer em qualquer dedo após um trauma, mas é mais comum no mínimo e anelar. O que acontece é a ruptura do tendão extensor do dedo ou mesmo uma fratura da falange onde se insere o tendão.
Classificamos o grau de lesão para definir o tratamento. Em casos de lesões puramente tendinosas ou mesmo fraturas da falange com desvio pequeno do dedo pode ser realizado tratamento conservador com uso de órtese ou tala em extensão da ponta do dedo.
Porém, em casos com desvio acentuado, instabilidade ou ferimentos, o tratamento cirúrgico é a melhor opção. Várias técnicas existem, sendo a utilização de fios de kirschner (pinos) a opção mais consagrada.
DEDO EM GATILHO
O dedo em gatilho ou tenossinovite estenosante dos tendões flexores, é uma condição em que o dedo trava ao tentar dobrar e esticar, lembrando um “gatilho”. Essa condição é causada geralmente pelo espessamento da polia a1 do dedo (um túnel natural, pelo qual os tendões flexores deslizam durante o movimento de flexo extensão dos dedos). É uma situação muito incomoda e dolorosa e pode acontecer em qualquer dedo, muitas vezes em vários de uma vez.
Seu tratamento, na maioria das vezes, não requer cirurgia. Órteses imobilizadoras, medicações e fisioterapia são o tratamento inicial de escolha. Podem ser necessários infiltrações com uso de corticoide e anestésicos. Em casos de refratariedade ao tratamento conservador, ou em casos avançados em que o dedo trava muito ou não destrava a cirurgia é a melhor opção, através de técnica minimamente invasiva com objetivo de abertura da polia do tendão. Pode ser realizado também por vídeo (endoscopia) ou em casos selecionados métodos de liberação percutâneo de preferência guiados por ultrassom.
TENDINITE DE QUERVAIN
É a tendinopatia ou tenossinovite estenosante mais comum dos tendões extensores do punho. Considerada uma doença comumente do trabalho. Envolve os tendões extensores do primeiro compartimento extensor, sendo eles o tendão extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar. É uma causa frequente de dores e limitação funcional do punho em seu bordo radial que piora durante exercícios de adução e oponência do polegar, além do desvio ulnar do punho. Mais comum em mulheres quando comparado aos homens, na faixa etária de 30 a 50 anos. Outras causas de dores na mesma região do punho devem ser descartadas, como síndrome da intersecção, rizartrose e neuropatia do nervo sensitivo radial.
O diagnóstico é através do exame clínico com manobras específicas. A ultrassonografia e, em alguns casos, a ressonância magnética confirmam o diagnóstico. Na grande maioria das vezes, o tratamento consiste em modificações posturais e do trabalho, fisioterapia e medicamentos. Ortéses imobilizadoras podem ser utilizadas por pouco período, na fase mais crítica de inflamação. Em casos selecionados, a infiltração com corticoide e viscosuplementação pode ser uma boa opção.
Mas, quando não há boa resposta do tratamento conservador, a cirurgia é bem indicada. Essa cirurgia consiste na liberação do primeiro compartimento, tenolise dos tendões e abertura do septo entre os dois tendões.
RIZARTROSE
É a artrose da articulação da base do polegar (trapézio metarpiana), uma articulação muito exigida durante a vida, afinal o polegar corresponde a 40% da função das mãos. Essa articulação em especial é responsável em grande parte pela preensão, circundação e oposição do polegar, resumindo, boa parte da função do polegar. A rizartrose afeta 10% das mulheres de meia idade e 90% acima de 80 anos. Afeta uma a cada três mulheres e um a cada oito homens.
O principal sintoma é dor na região da base do polegar e, em casos avançados, podem apresentar deformidade do polegar (adução e hiperextensão da metacarpofalangeana). O diagnóstico se faz através do exame clínico e radiografias. Assim, é possível também classificar a gravidade e ditar tratamento.
Inicialmente, é necessário fisioterapia, uso de órteses ou imobilizadores específicos e medicações. Podem ser realizados infiltrações com corticoide e viscossuplementação guiados preferencialmente por ultrassom ou RX. Em casos em que o tratamento conservador não tem bons resultados pode ser necessário cirurgia. São inúmeras técnicas cirúrgicas descritas. Cada caso deve ser individualizado e programado.
ARTROSE
Artrose é o “desgaste” das articulações. Um processo crônico degenerativo, que pode ser antecipado por doenças inflamatórias ou fraturas articulares, em que basicamente a cartilagem hialina é desgastada gerando graus variados de atrito de “osso com osso”, o que é bastante sintomático. Mais comum acima dos 75 anos, ocorrendo em um a cada três mulheres e um a cada oito homens.
As articulações interfalangeanas (juntas dos dedos) são os lugares mais comumente afetados por artrose em todo o corpo e é uma das razões principais para realização de cirurgia na mão. Afeta mais as interfalangeanas distais, porém as interfalangeanas proximais são mais sintomáticas. Os pacientes apresentam, além das dores e rigidez matinal, deformidades nas juntas dos dedos, presenças de nódulos e tortuosidades que assustam o paciente.
Seu diagnóstico é clínico e radiográfico. Já o tratamento, na maioria das vezes, é conservador com medicações analgésicas, modificações e adaptações posturais seguido de fisioterapia ou terapia ocupacional. Cirurgias são opções em falha do tratamento conservador. Sua indicação maior é dor. Podem ser realizados artrodeses (travamento articular) e em alguns casos selecionados próteses.