Os municípios de Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Inácio Martins, Irati, Mallet, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul e Teixeira Soares produzem em torno de 1,375 milhões de toneladas de pinhão.
Uma parte das sementes devem permanecer nas florestas para alimentação da fauna e reposição florestal, entretanto, o remanescente poderá ser aproveitado na região para geração de renda aos pequenos produtores.
Pretende-se organizar verticalmente a Cadeia Produtiva do Pinhão, com o intuito de alcançar mercados tanto regional quanto estadual.
O mercado regional pode ser estimulado mediante a inclusão do pinhão nas festividades locais, tanto naquelas que ocorrem durante os meses de coleta do pinhão, em julho como a Festa do Pinhão em Inácio Martins e Festa do Agricultor em Guaramiranga, como também nos demais eventos calendarizados, que atraem turistas.
O pinhão tem sido muito valorizado no mercado “gourmet”. O sabor peculiar, as propriedades nutricionais e a versatilidade como ingrediente, têm despertado o interesse pelo segmento gastronômico. O prazer de comer envolve sociabilidade e sentimentos ligados a cultura e raízes históricas. Além disso, o pinhão é um alimento com identidade histórica e cultural, que se enquadra perfeitamente com o movimento Slow Food, que vem angariando adeptos em todo mundo, promovendo não somente a utilização dos alimentos regionais como também alavancando o Turismo Rural.
A visita a uma cidade, região ou país é, muitas vezes, marcada pelos prazeres da culinária. Neste sentido, a diversidade gastronômica tem sido um diferencial competitivo para o turismo brasileiro, em diversas regiões. O Turismo Rural tem sido apontado como principal estimulador da economia rural e geração de renda.
Na região já temos rotas de turismo consolidadas e que trazem número expressivo de turistas, notoriamente em Prudentópolis com as famosas cachoeiras (Canyon Perehouski) e grupos folclóricos. Entretanto, o potencial turístico vai muito além como o ar pitoresco de Fernandes Pinheiro, onde situa-se a Floresta Nacional de Irati; o Salto do Bocó do Rio Lajeadão, o Salto Grande do Rio dos Patos, Salto Nova Boa Vista do Rio Água Podre, Cachoeira do Síti o Boa Esperança, Cachoeira do Moinho, do Toni e Cachoeira do Mato Queimado em Guaramiranga; Imbituva conhecida por ser a “Capital das Malhas” munida de rios para pesca e banho; Irati com o parque aquático, Centro de Tradições, Casa da Cultura e Santuário; Mallet com os encantos do Circuito Polonês, Ucraniano de Turismo Rural, que reúne num ambiente rural, belas igrejas de influência bizantina, entre outras surpresas como sua exuberante beleza cênica formada pela preservada cobertura vegetal da floresta ombrófila mista e pela geografia acidentada da Serra da Esperança abrangendo num panorama rural atrativos como grutas e cavernas, rios, cachoeiras, montanhas e cânions, através de mirantes naturais e trilhas rusticas num convite para prática de esportes de aventura e pesquisas; Rebouças com suas grutas compostas de pequenas estalactites e estalagmites; Rio Azul com rochas vulcânicas sedimentares, culminando com o pico do Marumbi, com 1.266 m de altitude, Parque da Pedreira, Igreja Ucraniana Santa Terezinha, Grupo Ucraniano Dunay além da tradicional Fest In Rio, com shows artísticos, exposições e atrações variadas e por último Teixeira Soares com um alinha férrea ao longo da cidade, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, Caverna do Borgo, a Caverna na Carvorite e Cachoeira no Rio D’ Areia.
Ainda, pensando em Turismo Regional, o objetivo é tornar Inácio Martins a primeira cidade Serrana do Paraná. Rico em recurso natural, rural e cultural, com cachoeiras, rios de águas cristalinas, trilhas rurais, aldeia indígena, frio intenso, festa do pinhão e a deliciosa gastronomia com pratos a base da semente da árvore símbolo do Estado, o desejo da atual administração é mostrar para os visitantes a beleza da cidade mais alta do Paraná.
Desde 2020 os prefeitos desses municípios que pertencem ao CONDER estão se mobilizando para a implantação de uma agroindústria para aproveitamento do pinhão que teria como suporte técnico a Embrapa Florestas e Embrapa Agroindústria de Alimentos, representadas pela pesquisadora Rossana Cati e Bueno de Godoy, que liderou o projeto que PINALIM, no qual foi desenvolvida a farinha de pinhão, cuja utilização pode ser ampliada para o segmento de produtos como pães, biscoitos, massas e uma grande variedade de alimentos, incrementando as opções gastronômicas regionais. Além da farinha, essa unidade de processamento também beneficiaria o pinhão pronto para consumo (cozido, descascado e congelado), como já é vendido em outros mercados do Sul do Brasil, na região de Lages-SC, onde é o carro chefe dos coletores de pinhão.
Estamos buscando recursos para viabilizar a implantação dessa Unidade Agroindustrial, buscando valorizar um produto da sociodiodiversidade como é o pinhão, um alimento representativo do Paraná. Com isso pretende-se promover a ecogastronomia, educação alimentar, o encurtamento das cadeias produtivas de produção e consumo, ampliando a fonte de renda dos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, atraindo turistas e aquecendo a economia local.
























